Numa sociedade cada vez mais alienada e afastada dos ideias de partilha e entreajuda, a ideia de crowdsourcing tem vindo a destacar-se cada vez mais como “contracorrente”, impondo-se como um recurso essencial à realização de diversos projetos.

Hoje decidimos tornar mais claro o que é, afinal, o crowdsourcing e mostrar porque nos devemos juntar a este movimento.

A palavra crowdsourcing é um estrangeirismo, não possuindo tradução para português. Crowdsourcing deriva da agregação de duas palavras inglesas, crowd, que significa multidão e sourcing, quem vem de source, e que pode ser entendida como fonte, origem ou recurso.

O crowdsourcing é então uma forma de encarar um determinado grupo de pessoas como um recurso produtivo; assim, os seus conhecimentos, experiência, tempo e/ou recursos (sejam estes a nível de um espaço ou cedência de materiais, entre outros) são utilizados em prol da realização de uma determinada atividade.

Partilha, troca de ideias e entreajuda são os pilares base da ideia de crowdsourcing, um modelo que está a tornar-se cada vez mais útil na sociedade atual.

O crowdsourcing é uma ideia relativamente recente, mas os extraordinários resultados que dele podem advir ficam provados em sites como a Wikipédia, onde qualquer pessoa pode contribuir com os seus conhecimentos para a criação de uma página informativa relativa a qualquer tema, ou o iStockphoto, onde os utilizadores tem a possibilidade de fazer upload de criações artísticas que depois poderão ser utilizadas por outros.

O crowdsourcing artístico funciona como qualquer outro tipo de crowdsourcing, mas é aplicado apenas a projetos e criações artísticas ou culturais.

As artes não são estanques e em muitos casos interpenetram-se e complementam-se para dar origem a um único produto final. Por exemplo, ao gravar um álbum, um músico pode necessitar de um artista plástico para desenhar a sua capa e de um realizador para gravar um videoclip. Este é apenas um dos muitos casos em que o crowdsourcing pode ser aplicado.

Poder-se-á questionar qual o objetivo de trabalhar e aplicar esforços de forma gratuita, e esta é realmente uma questão pertinente e, talvez, um dos maiores entraves a que as pessoas ainda não deem a devida importância ao crowdsourcing. No entanto, muitas são as razões que podem (e devem) levar cada artista ou gestor cultural a contribuir com aquilo que puder nos projetos alheios. Ganhar experiência, estabelecer contatos que podem ser cruciais na área das artes, alargar o seu portefólio ou a aprendizagem que daí advém são apenas alguns dos motivos que devem ser tidos em conta ao participar num projeto de crowdsourcing.

Se tens um projeto cultural ou artístico e precisas da ajuda de terceiros, regista-te em The Art Boulevard e publica uma Oportunidade, um anúncio onde explixas o que necessitas e porquê. Podes descobrir mais detalhadamente como utilizar The Art Boulevard aqui.

E se queres contribuir para um projeto cultural (seja porque tens um espaço, ou porque tens uma habilidade que pode ser útil em projetos artísticos), regista-te e, da mesma forma, oferece a tua ajuda ou os teus recursos publicando uma Oportunidade.

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